Após decisão da justiça inglesa que permitiu que atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, acionem a empresa BHP Billiton nos tribunais do país europeu, advogados afirmam que as indenizações podem chegar a 25 bilhões de libras esterlinas. Na cotação desta sexta-feira (8/7), quando a medida foi tomada, o valor supera R$ 158 bilhões.
A informação foi passada por Ana Carolina Salomão, advogada e sócia do PGMBM, escritório anglo-braileiro à frente dos atingidos na ação que corre em Londres. Em entrevista coletiva concedida nesta sexta, ela apontou que o valor de 25 bilhões de libras está previsto no primeiro parágrafo da desisão da justiça inglesa.
O valor, no entanto, é uma estimativa de até onde as indenizações podem chegar. Atualmente, o escritório que representa os atingidos trabalha com a marca de 5 bilhões de libras, algo próximo a R$ 32 bilhões. Para o advogado e sócio do PGMBM, Tom Goodhead, a tendência é que as cifras aumentem com o tempo.
“Ainda estamos calculando, porque os juros estão correndo a 1% ao mês na justiça brasileira, então o montante está aumentando a cada dia. E ainda temos mais de 100 mil pessoas que ainda não se juntaram à ação dizendo que agora querem participar e eu antecipo que mais vários irão. O número que tem sido apresentado ao público é de 5 bilhões de libras, mas eu acredito que é ainda mais alto”, disse em entrevista.
Atualmente, o PGMBM representa cerca de 200 mil pessoas, 25 municípios de Minas e Espírito Santo e mais de 500 organizações atingidos pela tragédia.